quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Estudos teologicos - Pentateuco

APOSTILA O PENTATEUCO

Introdução

Todos os exemplos das sagradas escrituras principiam com o Pentateuco (os cinco primeiros livros da bíblia). Os judeus chamam-no de “a lei” (Tora).

É provável que o Pentateuco originalmente fosse apenas um livro, dividido em cinco capítulos, correspondentes aos livros de Gênesis a Deuteronômio. Segundo o Dr. Scofield, em alguns textos da Bíblia hebraica, o Pentateuco termina depois do verso 12 do cap. 34 de Deuteronômio com as seguintes palavras: “Sê forte! Os cinco quintos da lei foram completados. Louva a Deus, grande e terrível!”.

A separação dos capítulos, tomados por livros, é por muitos atribuídos aos tradutores de Alexandria (72 sábios israelenses - 6 de cada tribo - que, em Alexandria, traduziram o Antigo Testamento do hebraico para o grego, tradução esta conhecida por Septuaginta).

Autor - O Pentateuco é de autoria de Moisés, servo de Deus, inspirado pelo Espírito Santo para escrever os cinco livros.

Período de abrangência. - Os fatos registrados no Pentateuco englobam um período de mais de vinte e cinco séculos (2.500 anos).

Gênesis - Da criação até a morte de José, abrangendo um período de 2.315 anos, isto é, 4.004 a 1.689 a.C.

Êxodo - Os acontecimentos registrados em Êxodo abrangem um período de 216 anos, cerca de 1.706 a 1.490 a.C. começa com um povo escravizado, habitando na presença da idolatria e termina com um povo redimido na presença de Deus.

Levítico - O livro abrange o período de menos de um ano da jornada de Israel no Sinai.

Números - 39 anos de jornada do povo de Israel no deserto, desde cerca de 1.490 a 1.451 a.C.

Deuteronômio - Dois meses na planície de Moab, no ano de 1.451 a .C.

CAPÍTULO I

OS LIVROS, SEUS TÍTULOS E TEMAS

1. GÊNESIS

Título e Tema: - Este livro é bem definido pelo seu título Gênesis, que significa “principio”, porque é a história do princípio do céu e da terra, o princípio de todas as formas de vida e de todas as instituições e relações humanas. Tem sido chamado o “viveiro” das gerações da Bíblia pelo fato de nele se encontrarem todos os começos de todas as grandes doutrinas referentes a Deus, ao homem, ao pecado e à Salvação.

O primeiro versículo anuncia o propósito do livro. “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Os israelitas, aos quais foi primeiramente dirigida a mensagem do livro, aprenderam que o Deus da Palestina era também o Deus de todos os países, e que o Deus de uma nação (Israel) era também o Deus de todas as nações.

Ora, sendo ele o Deus e criador de toda a terra. O livro relativo como se tornou necessária a redenção, devido ter o homem pecado e caído nas trevas; e como Deus agiu para escolher uma nação a fim de que esta fizesse chegar a luz da verdade divina às demais nações.

2. ÊXODO

Título - Êxodo vem do grego, significa “sair”, e foi assim chamado porque registra a saída de Israel de Egito.

Temas - No livro de Gênesis lêem acerca do princípio da redenção. No livro de Êxodo lemos acerca da marcha da redenção. Em Gênesis esta redenção é efetuada através de indivíduos; em Êxodo, é através de uma nação inteira (Israel). A idéia central do livro é a redenção pelo sangue. Em torno dessa idéia concentra-se a história de um povo salvo pelo sangue. Essa redenção se apresenta suprindo todas as necessidades da nação.

Oprimida pelos egípcios, Israel necessita de libertação. Tendo sido salva, a nação necessita de uma revelação de Deus para orientá-la na conduta e na adoração em sua nova vida. Deus lhe dá a lei: convencidos do pecado pela santidade da lei, os israelitas sentem a necessidade de sua purificação. Deus, prôve os sacrifícios. Tendo uma revelação de Deus, o povo sente necessidade de culto a Sua pessoa. Deus lhe dá o tabernáculo e estabelece o sacerdócio.

3. LEVÍTICO

Título - Chama-se Levítico pelo fato de ser um registro de leis referentes aos levitas e seu serviço.

Tema - O livro de Êxodo historia a redenção de um povo em servidão. Levítico narra-nos como um povo redimido pode aproximar-se de Deus pela adoração e como pode ser mantida a comunhão assim estabelecida. A mensagem de Levítico é: o acesso a Deus é somente por meio de sangue e o acesso à Deus assim obtido exige a santidade do adorador. A maioria dos tipos no livro refere-se à obra expiatória de Cristo e manifesta-se nas diferentes oferendas que ali se descrevem. Êxodo dá-nos o relato da única oferenda que redimiu Israel uma vez e para sempre; Levítico dá-nos muitos quadros daquela oferenda nas suas relações com os diferentes aspectos da redenção. A mensagem do livro está muito bem exposto em Lv. 19:2. Observem o propósito prático do livro: contém um código de leis divinamente determinado e designado para tornar Israel diferente de todas as nações, espiritual, moral, mental e fisicamente. Em outras palavras, Israel tornar-se-ia uma nação santa, uma nação separada dos meios e costumes das nações que a cercavam, e CONSAGRADA AO SERVIÇO DO ÚNICO E VERDADEIRO DEUS.

4. NÚMEROS

Título - O livro de Números tem este título porque trata de registro dos dois censos de Israel antes de entrar em Canaã.

Tema - Em Êxodo vem Israel redimido; em Levítico vimos Israel em adoração e agora em Números vemos Israel servindo. O serviço do Senhor não devia ser feito de maneira casual, razão porque o livro nos apresenta o quadro de um acampamento, onde tudo é feito segundo a primeira lei do céu, a ordem. O povo é numerado conforme as tribos e famílias; a cada tribo é designado o seu lugar no acampamento; a marcha e o acampamento são regulados com precisão militar; e o transporte do Tabernáculo cada levita tem sua tarefa especial. Além de ser um livro de serviço e ordem, Números é um livro que registra o fracasso de Israel que, por não crer nas promessas de Deus, não entrou na terra se Canaã, e, conseqüentemente, andava no deserto por castigo. Contudo, foi uma falta que não frustrou os planos de Deus, porque o fim do livro deixa Israel nas fronteiras da Terra prometida, onde a nova geração de israelitas espera entrar. Desta maneira quatro palavras resumem a mensagem do livro de Números: serviço, ordem, falha e peregrinação.

5. DEUTERONÔMIO

Título - Deuteronômio origina-se de duas palavras gregas que significam “segunda lei”, e chama-se assim pelo fato de registrar a repetição das leis dada no Sinai.

Tema - Moisés cumpriu a sua missão. Conduziu Israel do Egito às fronteiras da Terra Prometida. Agora que o tempo de sua partida chegou, ele resume perante a nova geração, numa série de discursos, a história passada de Israel, e nesse resumo baseia as admoestações e exortações que tornam Deuteronômio um grande sermão exortativo para Israel. Exorta a recordar o amor de Jeová para com eles durante as jornadas no deserto, para que pudesse estar seguro da continuação do seu cuidado quando entrassem em Canaã. Admoesta-os a observar a lei a fim de que possam prosperar. Recorda-os de suas apostasias e rebeliões passadas e os adverte das conseqüências da desobediência futura. A mensagem de Deuteronômio pode resumi-se em três exortações: RECORDA! OBEDECE! E CUIDADO!

CAPÍTULO II

CONTEÚDO LITERÁRIO DO LIVRO DE GÊNESIS

O livro de Gênesis pode ser dividido para estudo, em nove fatos:

I - A Criação, capítulos 1 e 2.

II - A Queda, capítulo 3.

III - A primeira civilização, capítulo 4.

IV - O Dilúvio, capítulos 5 a 9

V - A Dispersão das Nações, capítulos 10 e 11.

VI - A vida de Abraão, capítulos 12 a 25.

VII - A vida de Isaque

VIII - A vida de Jacó

IX - A vida de José

Estudaremos cada um dos pontos de nosso plano separadamente.

I - A CRIAÇÃO (Caps.1 e 2)

O grande arquiteto do Universo completou em seis dias sua obra da criação, e descansou no sétimo.

Depois de ter criado o homem, a coroa da criação, Deus declarou que tudo era muito bom. O segundo capítulo mostrar-nos como Deus preparou o primeiro lar para o homem, como realizou a primeira cerimônia de casamento, e como colocou duas árvores no jardim, fatos que ensinavam as seguintes lições: se Adão e sua esposa escolhessem o BEM e recusassem o MAL, comeriam sempre da árvore da vida; caso contrário, morreriam.

No capítulo 2 encontramos uma repetição do relato da criação. Comparando, porém, os dois capítulos veremos que o primeiro nos dá o mesmo relato acrescido de detalhes suplementares, salientando partes especiais da história. Esta peculiaridade do Espírito Santo ao dar-nos dois relatos de um mesmo acontecimento, chama-se a “Lei dupla referência” e acha-se através de toda a Bíblia.

A - Preparação e Separação

1o. Dia - Luz

2o. Dia - Ar-Água

3o. Dia - Terra e Plantas

B - Complemento e Término

4o. Dia - Luzeiros (corpos celestes)

5o. Dia - Aves e Peixes

6o. Dia - O homem

II - A QUEDA (cap. 3)

1. A possibilidade de tentação.

A árvore da ciência do bem e do mal foi posta no jardim a fim de que o homem fosse experiente, experimentado e aprendesse a servir a Deus por sua livre vontade.

2. O autor da tentação.

A serpente representa “a grande serpente, o diabo” e é também em seu agente.

3. A sutileza da tentação.

A serpente conseguiu por dúvida na mente de Eva.

4. Êxito da tentação.

Adão e Eva desobedeceram a Deus e tornaram-se conscientemente culpados

5. O primeiro juízo

a. Sobre a serpente: degradação

b. Sobre a mulher: dor e submissão ao homem

c. Sobre o homem: trabalho árduo até sua morte, num solo cheio de espinhos.

d. Sobre o homem e seus descendentes: exclusão da árvore da vida no paraíso de Deus.

6. A primeira anunciação da Redenção.

a. A Redenção prometida, Gn, 3:15. “E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente”. Isto quer dizer que haverá uma luta entre o homem e o poder que causou a sua queda. “Esta te ferirá a cabeça”, o homem será vitorioso por meio de seu representante, o Filho do Homem (Atos 10:38) e (I João 3:8) “tu lhe ferirás o calcanhar – mas a vitória será por meio da morte da semente da mulher, Cristo (Gl. 4:4 Is. 7:14; Mt. 1:21)”.

b. A Redenção figurada. O Senhor imolou a vítima do primeiro sacrifício, para poder vestir o primeiro par culpado – um quadro da cobertura de uma consciência culpada por meio de um sacrifício de sangue.

Nota: O livro de Gênesis é o relato do desenvolvimento da promessa de redenção, demonstrando seu curso através de vários indivíduos e famílias,

III - A PRIMEIRA CIVILIZAÇÃO (Cap. 4)

1. A história de Caim mostra como o pecado tornou-se hereditário e conduziu o primeiro homicídio (I Jô. 3:12).

2. A história de Abel ensina-nos como aqueles que participam da culpa e do pecado de Adão podem ser aceitos na presença de Deus por da oferenda de um sacrifício expiatório.

3. A primeira civilização.

Caim tornou-se o fundador de uma civilização que incluiu uma cidade, agricultura, manufaturas e artes. O caráter da mesma foi marcado pela violação da lei matrimonial e pelo espírito de violência. 4:19-24.

4. O nascimento de Sete.

Abel morreu; Caim foi rejeitado; a promessa da redenção passou ao terceiro filho de Adão, Sete (4:25, 26).

IV - O DILÚVIO (Caps. 5-9)

Havia agora duas classes de homens no mundo, os ímpios Cainitas e os piedosos, Setistas. (Cap. 4:25,26).

A linhagem escolhida de Sete perdeu a sua separação e uniu-se pelo matrimônio com os Cainitas. Resultado: um estado de impiedade na terra que exigia o Juízo de Deus.

Dos descendentes de Sete somente a família de Noé permaneceu fiel a Deus. Noé tornou-se o escolhido de quem a promessa de redenção continuou seu curso até seu cumprimento (5:29 e 6-8).

Notem a genealogia no capítulo 5 (genealogia é o registro da descendência de um antecessor). Começa com Adão e termina com Noé. Encontramos muitas destas genealogias na Bíblia. O propósito principal da maioria dessas genealogias, como a deste capítulo é conservar um registro da linhagem da qual virá a semente prometida: Cristo (Gn. 3:15). Façamos um sumário dos acontecimentos principais desses capítulos.

1. A genealogia de Noé Cap. 5

2. A construção da Arca Cap. 6

3. A entrada da Arca Cap.7

4. A saída da Arca Cap. 8

5. O pacto de Noé Cap.9

Observem o estado da civilização ao tempo do dilúvio (Cap.4:16-21). Os descendentes de Caim foram os edificadores da primeira cidade e originadores das principais artes. De que devem lembrar-nos aqueles dias? (Mt. 24:37-39).

Deus destruiu o mundo pelo dilúvio e começou uma nova raça com a família de Noé. Prometeu que a terra mais tornaria a ser destruída por um dilúvio e pôs o arco íris como sinal deste pacto. O senhor renovou o encargo imposto a Adão, a saber: povoar a terra.

Há uma solene proibição de assassinato acrescida ao aviso de que “quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado”. Isto significa a delegação de autoridade ao homem governar os seus semelhantes e para castigar o crime. Antes disso somente Deus podia castigar os malfeitores.

Mais tarde Noé predisse o futuro de seus três filhos (9: 18-27) e apontou Sem como a semente escolhida pela qual Deus abençoará o mundo.

V - DISPERSÃO DAS NAÇÕES (Cap.11 e 19)

Como introdução ao estudo das nações, leia nova e cuidadosamente a profecia de Noé concernente aos três filhos (9:18-27).

O Dr. Pinnock escreve o seguinte a respeito do seu cumprimento: “Estas profecias cumpriram-se maravilhosamente. Consernente à descendência de Cão: os egípcios foram castigados com diversas pragas; a terra de Canaã foi entregue por Deus 800 anos mais tarde aos israelitas sob Josué, que destruiu muitos e obrigou o resto a fugir alguns para a África, e outros para vários países. As condições atuais do povo da África, nós a conhecemos”.

Com respeito a Jafé: “Alargue Deus a Jafé” – cumpriu-se no extenso e vasto território possuído por ele – todas as ilhas e países do oeste; e quando os gregos, e depois os romanos, subjugaram a Ásia e a África, eles então ocuparam as moradas de Sem e Canaã,

Com respeito a Sem: “Bendito seja o Deus de Sem”isto é, ele e sua igreja morariam nas tendas de Sem; dele surgiria o Messias; e a adoração do verdadeiro Deus seria preservada entre a sua descendência, sendo os judeus a posteridade de Sem.

Observem as relações entre os capítulos 10 e 11. o capítulo 10 indica as moradas separadas das raças e o capítulo 11 explica como se deu a separação. Depois do dilúvio si descendentes de Noé, liderados por Ninrode (10:8-10), levantaram-se em rebelião contra Deus, e como manifestação disso erigiram a Torre de Babel. Era seu propósito organizar uma “liga de nações” contra Deus. Deus destruiu esse plano, confundindo a sua língua, e espalhando-os por entre diversos países.

Não se sabe a finalidade exata da Torre em si, mas uma coisa sabemos, que os planos deles foi ato de rebelião contra Deus. Evidentemente o propósito de Deus era que os descendentes de Noé se espalhassem e ocupassem os diferentes pontos da terra (Atos 17:26 e Dt. 32:8). Mas disseram: “Façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face da toda a terra”.

Esboço simplificado dos capítulos 10 e 11.

1. A unidade de raça e língua.

2. O local do acontecimento - a terra de Sinear.

3. O propósito da Torre de Babel - ser um centro de rebelião contra Deus.

4. O Juízo de Deus - a confusão de línguas.

5. O resultado do julgamento - a dispersão.

VI - ABRAÃO (Caps. 12-25)

É interessante observar aqui que os primeiros 11 capítulos de Gênesis abrangem mais ou menos 2.000 anos - espaço quase igual ao de todo o resto da Bíblia. Por que se apresenta de tal maneira o Espírito, ao se apresentar os acontecimentos da aurora da história? Pelo fato, como já vimos em nosso estudo anterior, de ser a Bíblia em primeiro lugar a história de redenção, ao passo que a história das nações é um caso dependente daquele. O Espírito passa ligeiramente por sobre todos esses acontecimentos até chegar a Abraão. Aí detém-se e dedica mais lugar a essa pessoa só do que os 2.000 anos da história humana anterior. A razão é evidente. O “Pai dos que crêem” desempenha um papel importante na história da redenção.

Voltemos no capítulo 5. Ali chamamos atenção à genealogia de Noé, iniciada com Adão. Agora voltando ao capítulo 11:10-26 verificamos que esta lista continua. Deus está ainda aguardando um registro de antecessores nacionais da “Semente da Mulher”.

A promessa de Gn. 3:15 passou a Abraão. Deus o separou do seu ambiente pagão, e além de promessas pessoais, lhe fez as seguintes promessas nacionais e universais: (12:1-13).

a) Que lhe seria dada a terra (Canaã)

b) Que seria o pai de uma nação (Israel)

c) Que por meio dessa nação nessa terra todas as nações seriam abençoadas.

Em outras palavras, o Redentor prometido em 3:15 viria de uma nação descendente de Abraão.

Um estudo da vida de Abraão revela que ela é uma vida de fé, que foi demonstrada desde a época em que foi chamado até quando lhe foi ordenado o sacrifício de seu filho, Isaque. Sua vida é uma ilustração do tipo de pessoa que receberia a bênção prometida em 12:3 e uma profecia de verdade, que a Salvação seria pela fé (Gl. 3:8 e Rm. capítulo 4).

Neste estudo teremos tempo apenas para dar um ligeiro esboço da vida desse patriarca. Uma vez lidos os capítulos, os detalhes surgem por si mesmos. Aprendam os seguintes fatos acerca de Abraão.

1 - A chamada para ir a Canaã (Gn. 12:15)

2 - A descida ao Egito e os acontecimentos ali (12:20-20)

3 - A separação de Ló e a libertação subseqüente deste último do cativeiro (13:5-11; 14:14)

4 - Seu recebimento do pacto de Deus e sua justificação pela fé (15:6-18)

5 - Sua circuncisão como sinal de pacto (17:9-14)

6 - A anunciação do nascimento de Isaque (17:15-19)

7 - Sua intercessão a favor de Sodoma (18:23-25)

8 - Sua despedida de Agar e Israel (21:14)

9 - Seu oferecimento de Isaque (Cap. 22)

10 - Sua escolha de uma esposa para Isaque (Cap.24)

11 - Seus filhos com Quetura (25:1-4)

12 - Sua morte (Cap. 25:8)

VII - ISAQUE

Nasceram dois filhos a Abraão Ismael e Isaque.

Desses, Isaque foi escolhido como herdeiro da promessa. A de Isaque é quieta e sossegada e muito diferente da de seu pai.

Ele foi, no entanto, como foi seu pai, um homem de fé e um instrumento de bênção. Notem que a promessa lhe é repetida (cap. 26).

Aprendam os seis fatos referentes a Isaque:

1. [Seu nascimento prometido a Abraão e a Sara (cap. 15:4;17-19)]

2. Amarrado sobre um altar de sacrifício (cap. 22:8)

3. A escolha por Abraão, de uma esposa para ele (cap. 24)

4. Deus lhe aparece e renova o pacto feito com seu pai (cap. 26:2-5)

5. Enganado por Jacó (cap.27:18)

6. Sua morte (caps. 28 e 29)

VIII – JACÓ

Nasceram dois filhos a Isaque – Esaú e Jacó. Esaú foi rejeitado e Jacó foi escolhido como portador da bênção (25:23). O caráter desses dois filhos revela-se pela atitude ante essa promessa (vide 25:29-34).

Aprendam os acontecimentos importantes da vida de Jacó:

1. Comprou a primogenitura de seu irmão (25:23)

2. Enganou a seu pai (27:18-27)

3. A fuga para Padã-Arã (27:43 a 28:5)

4. A visão e o voto (28:10)

5. Suas transações com Labão (cap.31)

6. A luta com um anjo (32-24)

7. A reconciliação com Esaú (cap.33)

8. A sua ida ao Egito e seu encontro com José (cap. 46)

9. A sua morte e sepultamento (49:33 a 50:13).

Jacó é o verdadeiro pai do povo escolhido, porque nasceram-lhe 12 filhos, os quais se tornaram os cabeças das 12 tribos. Nota-se que ele é um verdadeiro tipo de nação, quanto ao caráter e experiência da mesma:

a) Notem a combinação da esperteza para os negócios e o desejo do conhecimento de Deus. Vejam como essas duas características se revelam nas tentativas de Jacó a apodera-se da primogenitura e bênção. Recorde-se que os judeus têm sido a nação religiosa e também a nação dos negócios.

b) Jacó esteve exilado de sua própria terra, durante mais ou menos vinte anos. Os judeus na sua totalidade estão fora de sua terra há mais ou menos 1.900 anos.

c) Jacó ao ser exilado levava a promessa de que o Senhor o conduziria, para cumprir a sua promessa feita a Abraão. Da mesma maneira a restauração de Israel está prometida. Eles são amados por causa de Abraão, Isaque e Jacó (Rm. 11:28).

d) O plano de Deus cumpriu-se por meio de Jacó apesar de dos defeitos de seu caráter. Da mesma maneira sucederá com Israel como nasceu. Assim como foi transformado o caráter de Jacó, assim também será transformada o de seus descendentes.

Algumas importantes lições podem ser aprendidas da vida de Jacó.

1. O poder da graça de Deus.

Jacó era tudo quanto significava seu nome: um suplantantador, um enganador . Os laços sagrados da família não foram barreira para seus ardis pois seu próprio pai e seu irmão foram vítimas da sua astúcia. Mas também da escória do pecado, Deus viu o brilho daquilo que tem sido comparado ao ouro puro - a fé. Junto ao ribeiro de Jacó a graça de Deus travou uma batalha com ele e na luta que se seguiu o pecaminoso Jacó morreu, mas da sua tumba surgiu uma nova criatura - Israel, um vencedor com Deus e com o homem.

2. O grande valor que Deus dá a fé.

Embora os ardis de Jacó para obter a primogenitura de seu irmão sejam inexcusáveis, o seu sincero desejo de obtê-la demonstrou seu apreço pelas coisas espirituais. Para ele a primogenitura trouxe consigo a honra de ser primogênito do Messias e seu veemente anelo por essa honra bem pode ser considerado com expressão de fé naquele que havia de vir. Foi essa fé que lhe deu a preferência perante Deus sobre seu irmão que, embora sendo em muitos sentidos mais nobre do que ele, demonstrou uma falta completa de apreço pelos valores espirituais vendendo por um guisado de lentilhas o direito de ser primogênito do “desejado das nações” (Ag. 2:7) “Tudo o que o homem semear, isto também ceifará”.

O tio de Jacó, Labão, nas mãos de Deus foi instrumento de correção para disciplinar Jacó. Jacó enganou outros, e em compensação, foi enganado. Encontrou em seu tio o espelho em que refletiu as suas astúcias.

IX - JOSÉ

A história de José. Um jovem de 17 anos, o favorito de seu pai, Israel, a quem este último abertamente manifestava seu apreço e desta maneira causou a inveja dos outros filhos, José que reinaria sobre os outros membros da família. Isso enfureceu a seus irmãos, que o venderam para o Egito onde, depois de muitas adversidades, tentações, e anos de espera pra o cumprimento da promessa, foi levado ao vice-governador da terra do Egito. Quando vieram seus irmãos para comprar cereais e se inclinaram diante dele, seus sonhos se cumpriram.

A significação da história.

As experiências de José estavam ligadas com o plano de redenção que já as mencionamos. Deus permitiu que fosse vendido para o Egito e que sofresse para poder ser elevado. Dessa maneira, teve uma oportunidade de alimentar a família escolhida durante a fome, coloca-la num território onde pudesse tornar-se uma grande nação e passar por diversas experiências até que Jeová conduzisse a conquista da terra prometida (Gn. 45:7,8 50:20).

Resumo da vida de José.

1. Amado por seu pai (37:3)

2. Invejado por seus irmãos (37:4)

3. Vendido aos Israelitas (37:18-36)

4. Favorecido pelo seu Senhor (39:7-19)

5. Tentado pela esposa de seu Senhor (39:7-19)

6. Encarcerado por Potifar (39:20 a 41:13)

7. Elevado por Faraó (41:1-44)

8. Não reconhecido pelos seus irmãos na primeira vez que vieram (42:7 a 44:34)

9. Revelado a seus irmãos no segundo encontro (45:1-15)

10. Reunido ao seu pai (46:28-34)

11. Sua morte (50:22-26)

CAPÍTULO III

CONTEÚDO LITERÁRIO DO LIVRO DE ÊXODO

Estudaremos o livro de êxodo com base no seguinte esboço:

I -Israel no cativeiro (caps.1 e 2)

II -Israel redimido (caps. 31,15:22)

III -Israel viajando ao Sinai (caps.15:23 a 19)

IV –Israel recebendo a lei (caps. 24 a 40).

V -Israel em adoração (caps. 24 a 40).

Analisaremos cada ponto do esboço.

I - ISRAEL NO CATIVEIRO (Caps. 1 e 2)

Um resumo dos capítulos (1 e 2).

1. A opressão de Israel (cap. 1)

2. O nascimento de Moisés (cap.2:1-4)

3. A adoção de Moisés (cap.2:5-10)

4. O zelo precipitado de Moisés (2:11-14)

5. A fuga de Moisés (2:15)

7. O casamento de Moisés (2:16-22)

II - ISRAEL REDIMIDO (Caps. 3 a 15)

1. A chamada e a comissão de Moisés (caps. 3 a 34:28)

2. A partida para o Egito (4:24-31)

3. O conflito com Faraó (5 e 6)

4. As pragas (7 a11)

5. A páscoa (12)

6. A partida do Egito (13)

7. A travessia do Mar Vermelho (14 a 15:21)

Vejam a grandeza e o caráter de sobrenatural da libertação de Israel.

O propósito de Deus era ter um povo cujo testemunho ao mundo seria “salvo pelo poder de Deus. Ele desejou gravar na mente de Israel o acontecimento de tal maneira que nos dias vindouros quando viesse a opressão e provação, pudesse sempre ver e recordar que a “salvação é do Senhor”. No A.T. a libertação de Israel da terra do Egito é sempre a medida ou o exemplo clássico do poder de Deus (ver Ef. 1:19,20; Fp. 3:10).

É necessário que expliquemos aqui a dificuldade. Muitos tropeçam no fato de haver Deus endurecido o coração de Faraó, castigando-o em seguida. Deve-se notar-se que Faraó também endureceu seu próprio coração (8:15,31). Deus endureceu o coração de Faraó do mesmo modo em que o evangelho endurece o coração dos homens quando o rejeitam. Para alguns o evangelho resulta em salvação, para outros em morte (II co. 2:15,16). Em atos 19:9 lemos “alguns endureceram” após ter Paulo pregado. Foi Paulo responsável pela dureza de seus corações? Não, a culpa estava com aqueles que repeliam a mensagem. O mesmo sucedeu no caso de Faraó. A mensagem de Deus foi simplesmente a OCASIÃO do endurecimento do seu coração; sua recusa em obedecer à mensagem foi a causa.

III - ISRAEL VIAJANDO AO SINAI (Caps. 15 a 19)

Neste estudo seria aconselhável consultar o mapa de viagem.

Sumário dos capítulos 15 a 19.

1. Mara - Águas amargas (cap. 15)

2. Elim - Fontes e árvores (cap. 15)

3. Deserto de Sim - Maná (cap. 16)

4. Refidim - A rocha ferida; jorra água; batalha com Amaleque (cap.17)

5. Sinai - Visita de Jetro (cap.18)

IV - A LEI DADA A ISRAEL (Caps.19 a 23)

Resumo dos capítulos.

1. A subida de Moisés ao Sinai (cap.19)

2. Os dez mandamentos (cap. 20)

3. A lei civil (cap. 21-23)

Estudaremos os seguintes tópicos:

I – A eleição de Israel (Ex.19:5). Por meio de um pacto solene, Israel foi feito nação sacerdotal – separada de as nações, para poder ser instruída na verdade Divina e levar luz às nações.

II – A legislação de Israel (Ex. 20-23). Assim como as repúblicas são governadas a base de uma constituição, Israel, Teocracia (um estado governado por Deus) teve como base do seu governo os Dez mandamentos, que podemos considerar como a constituição das Tribos Unidas de Israel. Os mandamentos representam a expressão décupla da vontade de Jeová e norma pela qual governa os seus súditos. Para poder aplicar esses princípios à vida cotidiana do povo foi acrescentada a lei civil, que estabelecia penalidades e dava instruções para a sua execução.

V - ISRAEL EM ADORAÇÃO (Caps.24-40)

1. Moisés recebe o modelo do tabernáculo (caps.24-31)

2. Quebra da lei (caps.32-34)

3. O tabernáculo em construção (caps.35-39)

4. O tabernáculo erigido (cap.40)

No monte Sinai, Jeová e Seu povo estabeleceu uma relação especial. Pela mediação de Moisés, um povo redimido e seu Deus foram unidos nos laços de aliança. Jeová tornou-se o Deus de Israel e Israel tornou-se o povo de Jeová. Para que essa comunhão pudesse continuar, Jeová ordenou a construção do Tabernáculo. “E farão um santuário e habitarei no meio deles” Ex.28:8. compreender-se-á claramente a utilidade do Tabernáculo, quando consideramos os títulos que lhe são aplicados:

a) O Tabernáculo (em hebraico “morada”). Embora Deus habite em toda parte, Ele indicou um lugar onde Seu povo sempre o pudesse encontrar em “casa”.

b) A tenda da Consagração ou a tenda da reunião. Era o ponto de contato e o meio de comunicação entre o céu e a terra (Ex.29:42,43). c) O Tabernáculo do Testemunho ou a Tenda do Testemunho. Chamava-se assim devido às duas tábuas da Lei que foram colocadas na arca. Essas tábuas foram colocadas “o testemunho”(Ex. 31:18;34:29).Testificavam da santidade de Deus e do pecado do homem.

d) O Santuário.

Literalmente “lugar santo”, um edifício separado para a morada divina.

CAPÍTULO IV

CONTEÚDO LITERÁRIO DO LIVRO DE LEVÍTICO

O Levítico é um livro de leis, e tomando isso em consideração, classifiquemos o seu conteúdo:

I - Leis referentes às ofertas (cap.1-7)

II - Leis referentes ao sacerdócio (caps. 8-10)

III - Leis referentes à purificação (caps.11-22)

IV - Leis referentes às festas (caps. 23-24)

V - Leis referentes à terra (caps. 25-27)

I - LEIS REFERENTES ÀS OFERTAS

Os sacrifícios instituídos como meio pelos quais o povo podia manifestar sua adoração a Deus.

1. O holocausto significava a inteira consagração a Jeová .

2. A oferta pacífica, que era comida em parte pelo sacerdote e em parte pelo ofertante, mostrava a comunhão com Deus.

3. A oferta de manjares ou de cereais, constituída de farinha pães ou grãos, representavam oferta de uma dádiva, ao Senhor de tudo em reconhecimento a Sua bondade.

4. Por meio da oferta pelo pecado o israelita manifestava tristeza ou arrependimento pelo pecado e o desejo pelo perdão e purificação.

5. A oferta pela culpa foi dada no caso de ofensas que exigiam restituição.

II - LEIS REFERENTES AO SACERDÓCIO

Estes capítulos registram a consagração de Adão, seus filhos e a sua iniciação no ofício sacerdotal.

Os princípios tópicos desta seção, são os seguintes;

1. A consagração (cap.8)

As cerimônias da consagração incluíam a lavagem com água, o vestir-se de roupas sacerdotais, a unção com azeite, a oferenda e aspersão de sangue.

2. O serviço (cap. 9)

3. A falta (cap.10)

Nadabe e Abiú, os filhos de Arão, em vez de usarem fogo tomado do altar, usaram fogo comum para queimar incenso. A fim de impressionar a nação pelo caráter sagrado e a responsabilidade do sacerdócio, Deus escolheu-os para exemplo, destruindo-os pelo fogo.

III - LEIS REFERNTES À PUREZA (Caps.19-22)

Resumo: Israel, como nação santa, tem:

1. Alimento Santo (cap. 11)

2. Corpos Santos (caps.12 a14:32)

3. Lares Santos (caps. 14:33-57)

4. Costumes Santos (cap.15)

5. Santidade renovada anualmente (cap.16)

6. Culto Santo (cap.17:1-16)

7. Moralidade Santa (cap.18)

8. Costumes e vestuários Santos (cap.19-22)

O capítulo 18 fala do caráter das nações circunvizinhas a Israel. Muitos fiéis têm se escandalizado com o conteúdo desse texto caracterizado como impróprio. Mas pode-se ver que a Bíblia, ao descrever as enfermidades morais, não recorre à dissimulação, nem à falsa modéstia; assim com não o faz um livro médico ao tratar das enfermidades físicas.

IV - LEIS REFERENTES ÀS FESTAS

1. O sábado Cap.23:1 a 3

Podemos considerar esse dia como o dia de festa semanal dos israelitas, no qual descansavam de todos seus trabalhos e se reuniam para o culto.

2. A Páscoa e a festa dos pães asmos.

Observem que havia duas festas numa só. A Páscoa (celebrando a passagem do anjo da morte sobre as casas dos israelitas) que durava um dia e a festa dos pães asmos (comemorando a partida de Egito) que durava sete dias.

3. Pouco depois dessa última festa, celebrava-se a festa das primícias quando um feixe da colheita das primícias era movido perante o Senhor. Isso era um tipo de ressurreição de Cristo (I co. 15:20).

4. Cinqüenta dias depois das primícias realizava-se a festa de pentecostes, que significava “cinqüenta”. No qüinquagésimo dia, dois pães movidos com fermento (23;17) ofereciam-se ao Senhor.

5. A festa das trombetas (23:23-25); “O dia do ano novo”. Veja as seguintes referências e verifique o significado típico destas festas (Is.27:23; I co.15:52; Mt. 24:31; Ap. 11;15).

6. O dia da expiação (Lv. 23:27-32) ver também Lv.16 e Hb. 9:6-12. Era mais um jejum do que festa. Nesse dia o sacerdote entrava no lugar santíssimo, com sangue, para fazer expiação pelos pecados do povo. Isso acontecia só uma vez ao ano e significava Cristo entrando no Céu com o Seu próprio sangue para fazer expiação eterna pelos nossos pecados, além de outros sacrifícios, havia dois bodes. Um era sacrificado; quanto ao outro Arão colocava sobre ele as mãos e confessava os pecados da nação em seguida enviava-o ao deserto. Estes dois bodes representavam dois aspectos da expiação. O primeiro significava Cristo pagando a pena pelos nossos pecados, para nunca mais serem lembrados.

7. A festa dos tabernáculos (Lv. 23:34-44) comemorava os dias em que os israelitas habitavam as tendas, depois da sua saída do Egito.

Uma vez que esta festa seguia à colheita (23:39), podemos toma-la como típica do regozijo dos santos na presença do Senhor, depois da grande reunião (compare-se as referências às palmas no versículo 40 e Ap. 7:9).

Observe se a seqüência típica das festas como as mesmas manifestam a história da redenção. Omitiremos o Dia da expiação, porque não é uma festa, mas sim um jejum.

A páscoa - A crucificação

As primícias – A ressurreição de Cristo

As trombetas – Rapto dos vivos e a ressurreição dos santos.

Os Tabernáculos – A nossa grande morada na presença do Senhor depois da grande reunião.

V - LEIS REFERENTES À TERRA (Caps. 25-27)

1- Ano de jubileu (cap.25)

2- Recompensa e castigo (cap.26)

3- Votos (cap. 27)

O ano de jubileu era um ano sabático celebrado de cinqüenta em cinqüenta anos, a começar do dia da expiação. Nesse tempo dava-se o descanso do cultivo; todas as divídas eram perdoadas e os escravos hebreus eram postos em liberdade, todas as propriedades eram restituídas a seus donos. Casas em cidades muradas em exceções; essas não voltavam aos seus donos (25;30). O jubileu tinha o propósito de evitar a escravidão perpetua dos pobres e acumulação de riquezas preservando também a distinção entre as tribos e suas possessões. Cristo proclamou esse ano como “o ano aceitável do Senhor (Lc. 4;21). Como tipo, o jubileu encontra seu cumprimento completo durante o Milenio”.

CAPÍTULO V

CONTEÚDO DO LIVRO DE NÚMEROS

Faremos um esboço do livro de Números de acordo com as jornadas principais de Israel. Sugerimos que o aluno use para este um mapa dos diferentes lugares mencionados.

I –Em Sinai (cap.1-9)

II –Sinai a Cades (cap.10-19)

III –Cades a Moab (caps. 20-36)

I - ISRAEL EM SINAI (Caps. 1-9)

1. O censo do povo (cap. 1,2)

2. O censo dos Sacerdotes e Levitas (caps. 3,4)

3. Leis (cap. 7)

4. Ofertas dos príncipes (cap. 7)

5. A consagração dos Levitas (cap.8)

6. A páscoa e a nuvem guiando a marcha dos israelitas (cap. 9).

Deve-se notar uma distinção entre os sacerdotes e os levitas. Os Sacerdotes, eram os membros da tribo de Levi que descendiam de Arão e seus filhos (3;2-4) e que eram encarregados das funções sacerdotais do Tabernáculo, os sacrifícios, ministrar no lugar Santo.

OS LEVITAS – os restantes membros da tribo de Levi, foram dados a Arão como auxiliares (3:9) para cuidar do Tabernáculo com seus móveis e utensílios. Todos o sacerdotes eram Levitas, mas nem todos os Levitas eram sacerdotes. Em 3:12, lemos que a tribo de Levi foi separada pelo Senhor em lugar dos primogênitos de Israel. Nos tempos patriarcais, o primogênito gozava de privilégios, um dos quais era ser sacerdote da família. Depois da morte dos primogênitos da terra do Egito, o Senhor ordenou que os primogênitos dos israelitas fossem santificados a Ele, quer dizer ao seu serviço (Ex. 13:12). Agora, por motivos que se compreendem pó si mesmos, o Senhor em de aceitar o serviço do primogênito de diferentes tribos, separou a tribo especial para este serviço-Levi. Havendo mais primogênitos que levitas, aqueles que excederam foram resgatados do serviço pagando certa quantia. A cerimônia realiza-se ainda hoje entre os judeus ortodoxos.

A lei do Nazireado - (Cap.6) Apresenta um lindo tipo de consagração, um nazireu (nazireu vem de uma palavra que significa separar-se) era uma pessoa que se consagrava ao Senhor, com votos especiais, temporariamente ou a vida inteira. Como exemplos dessa classe: Samuel (I Sm. 1:11) e João Batista (Lc.1:13-15). Os nazireus não bebiam vinho (tipo de abstinência do gozo natural), usavam cabelos compridos (talvez disposição a sofrer censura por causa de Jeová, vide I Co. 11:14), e não lhes eram permitidos tocar nos corpos mortos, nem mesmo se seus pais (separação dos laços familiares). A queda de Sansão foi causada pela informação do voto de nazireado (Juízes 13:5; 16:17).

DEUS NÃO DIMINUI AS SUAQS EXIGÊNCIAS, MAS AJUDA OS HOMENS A ALCANÇÁ-LAS

II - SINAI A CADES (Cap.10)

1. Início da marcha (cap.10)

2. Murmuração e Concupiscência (cap.11)

3. Os setenta anciões (cap,12)

4. A sedição de Arão e Miriã (cap.12)

5. A informação dos espias e a incredulidade de Israel (caps.13-14)

6. A rebelião de Coré (caps. 16-17)

7. Leis cerimoniais (caps. 18-19)

Observação – As cordonizes não estavam empilhadas a dois côvados de altura, como possa parecer na leitura apressada de 11:31, mas que voavam a essa altura e assim eram capturadas facilmente. Notem como se tornou contagioso o espírito de murmuração. Afetou até Miriã e Arão. Pelo fato de ser o nome de Miriã o primeiro que se mencionou no versículo primeiro, e se ter sido ela quem recebeu castigo, parece evidente que foi ela quem iniciou a rebelião.

Sendo que o casamento com os gentios era desaprovado pela lei (Gn.24:3; Dt.7:3), Miriã tinha justa razão de queixar-se. Mas ela deixou de tomar em consideração a graça de Deus que pode santificar os gentios. Alguns têm visto na ação de Moisés um significado dispensacional e profético.

Rejeitado por Israel, Moisés contraiu matrimônio com uma esposa gentílica (At. 15:14) Arão e Miriã representam os judeus que se opõe à união do judeu e gentio (At.11:1-3). A exclusão de Miriã é o tipo de rejeição temporária de Israel e a sua recepção no acampamento, da sua restauração.

Deuteronômio 1:9-22 demonstra que a ordem de enviar espias foi dada em resposta à exigência do povo. O plano de Deus era que o povo, nesta questão confiasse nele mas,vendo a fraqueza de sua fé, permitiu que fizessem o que desejavam. Apesar de ter falhado o povo, os planos de Deus se realizavam. No capítulo 14:22, o Senhor menciona o fato de que até o presente o povo o tinha tentado 10 vezes. Verifiquemos os seguintes versículos e façamos uma lista dessas tentações : Êxodo caps.14,15,16; 16:20,27; caps.17 e 32, Números 11;12-1;14.

No capítulo 15:27-29, trata dos pecados da ignorância, isto é, pecado não cometido no espírito de desobediência voluntária. O versículo 30, menciona, pelo contrário, pecados cometidos presunçosamente para os quais o sacrifício não tem eficácia, e os versículos seguintes fornecem uma ilustração desse pecado no caso de um homem que recolheu lenha no sábado. A pena severa não foi imposta pelo mero ato de recolher a lenha, mas sim pelo espírito presunçoso com que quebrou a lei. Notem no caso de Coré e seus seguidores como a murmuração que começou depois da partida do Egito, tornou-se em rebelião declarada. O pecado de Coré e seu grupo consistiu em rebelião contra Moisés e Arão e intrusão no ofício sacerdotal.

O capítulo 19 dá um relato da preparação de uma água para a purificação legal. Para saber seu significado típico, leia Hebreus 9:13;14. O seu principal propósito era a purificação daqueles que tinham tocado cadáveres, cujo o contato trazia contaminação. Essa lei pode ter sido decretada por causa da existência de tantos mortos depois do julgamento de Jeová contra os rebeldes, porque ela não encontrava em Levítico.

III - CADES A MOAB (Caps. 20-36)

1. O pecado de Moisés (cap.6)

2. A morte de Miriã e Arão ( cap. 20)

3. A serpente de metal (cap. 21)

4. O erro e a doutrina de Balaao (cap. 22-25)

5. O censo da nova geração (cap.26)

6. Preparação para entrar na terra. (cap.27-36)

Chegamos ao fim dos 38 anos da peregrinação errante de Israel e voltamos a encontra-lo em Cades-Barnéia, o mesmo lugar de onde voltou para começar a sua viagem pelo deserto

Esse período está quase em branco quanto ao registro histórico. Foi simplesmente um tempo de espera até que a geração incrédula tivesse desaparecido. Agora estão prontos para entrar na terra.

Apesar de Esaú e Jacó terem se reconciliado, os descendentes do primeiro sentiram inimizade contra Israel, como se vê no capítulo 20. Essa inimizade nunca foi esquecida (vide Sl.137:7; Ez. 35:15; Obadias vrs.10-14).

HISTÓRIA DE BALAÃO - Pelo fato de ter sido um profeta, ensinou ou ensina-nos que Deus algumas vezes revelou a sua bondade a indivíduos que eram israelitas. Melquisedeque Cornélio, ambos gentios, servem como exemplos. É evidente que o pecado maior de Balaao foi a cobiça (II Pd. 2:15). Poderá perguntar-se porque Deus permitiu a Balaao ir com os mensageiros e logo depois se aborreceu com ele por tê-lo feito (22:20,22). Era a perfeita vontade de Deus que Balaao recusasse ir, mas, ao ver a intensidade de seu propósito, deu-lhe a sua permissão, mas com esta condição, “todavia farás o que Eu te disser” (vr.20). Lendo os vrs. 22, 32 e 35, deduzimos que Balaao foi com intenção de violar aquela condição.

Até este ponto temos estudado o erro de Balaão (Jz..11), que consistiu na crença de que Deus era obrigado a amaldiçoar um povo tão pecaminoso como era Israel, mas deixou de tomar em consideração aquilo que podia apagar seus pecados que eram como uma nuvem espessa - a graça de Deus. No cap.25 encontramos a doutrina de Balaão (Ap. 2:14), que consistia em ensinar a Balaque a corromper, por meio da imoralidade, o povo que ele não podia amaldiçoar por feitiçarias. Opõem-se alguns à matança geral dos medianitas como algo incompatível como amor de Deus. Mas devemos recorda-nos que esse povo era qual câncer moral no meio de um país que ameaçava a pureza de Israel. Leia em Lv. 18:24-30 o contexto, o relato da corrupção das nações que rodeavam a Israel e poderá ver que a ação do Senhor em destruí-los totalmente era tão necessária sob o ponto de vista natural como a intervenção de um cirurgião ao amputar um membro enfermo do corpo. As 32.000 meninas (31:18) foram preservadas para os serviços domésticos e não para propósitos imorais como imaginam alguns incrédulos. A lei hebraica permitia a um soldado casar-se com uma mulher cativa, mas somente sob a condição de observar a legislação existente a favor dela, destinada tanto quanto possível a tornar impossível a imoralidade (Dt. 21:10-14). Deixando o cap. 32, que registra a escolha da terra das duas tribos e meia; também o cap. 33 que contém um sumário da jornada ou das jornadas de Israel, e o cap. 34 que registra os limites de cada tribo, chegamos ao cap. 35 que contém o relato da escolha das cidades de refúgio.

CAPÍTULO VI

CONTEÚDO DO LIVRO DE DEUTERONÔMIO

A mensagem de Dt. Resume-se em exortações :

Recorda!Obedece! e Cuidado! E servem de base para nosso resumo do livro.

I - Recorda! Resumo das jornadas (caps.1-4)

II - Obedece! Resumo da Lei (caps. 5-27)

III - Cuidado! Profecia do futuro de Israel (caps.28-34)

I – RECORDA! Resumo das jornadas (caps. 28-34)

Sendo que os acontecimentos registrados nos capítulos seguintes na sua maioria são simplesmente uma repetição dos dados do livro de Números, não nos ocuparemos muito deles. Podemos dividir a secção em duas partes:

1- Moisés recapitula as jornadas de Israel (1-3)

2- Faz deste resumo a base para uma admoestação (4)

II – OBEDECE! Resumo da Lei (caps.5-27)

1- Os dez mandamentos (caps.5,6)

2- Aviso e exortações (caps.7-12)

3- Falsos Profetas (cap.13)

4- Leis cerimoniais (caps.14-16)

5- Um futuro e um futuro profeta (caps.17-18)

6- Leis civis (caps.19-26)

7- Bênçãos e maldições da Lei (cap.27)

Notem que a lei de retribuição em 19:21 foi dada para ser posta em vigor pelos juízes e não pelos indivíduos comuns.

III- CUIDADO! Profecias do futuro de Israel (caps.28-34)

1- Bênçãos e maldições (cap. 28)

2- A aliança da Palestina (caps. 29-30)

3- Os últimos conselhos de Moisés aos sacerdotes, levitas e Josué

4- O cântico de Moisés (cap. 32)

5- A bênção das tribos (cap. 33)

6- A morte de Moisés (cap. 34)

O capítulo 28, juntamente com Levítico 26, devem ser considerados como dois grandes capítulos proféticos do Pentateuco. Os versículos 1-14 teriam-se cumprido se Israel tivesse sido obediente mas terão seu cumprimento final no Milênio. Os versículos 14-36 cumpriram-se na apostasia de Israel sob os reis, que culminou no cativeiro babilônico (II Cr. 38:15-20).

Os versículos 37-38 cumpriram-se durante a destruição de Jerusalém, no ano 70 de nossa era, e no período seguinte (Lc.21:20-24). Josefo, um general e historiador judeu que vivia naquele tempo, dá alguns relatos impressionantes dos terríveis sofrimentos dos judeus durante aquele tempo, o que indica quão literalmente esses versículos se cumpriram. Como comentário do vr. 53, citamos o episódio seguinte, narrado na história do sítio.

No período de maior fome em Jerusalém um grupo de saqueadores armados vagueavam pelas ruas em busca de alimento. Sentiram o odor de carne assada vindo uma casa próxima. Ao entrar ordenaram à mulher que ali estava que lhes desse alimento. Ficaram horrorizados quando ela lhes revelou o corpo assado de seu filho! Qualquer pessoa que conheça algo da história do povo judeu, notará facilmente como as profecias dos vrs. 37-68 tornaram-se parte da história.

Os capítulos 29-30 registra o que se chama de aliança da Palestina isto é, um acordo entre o Senhor e Israel a respeito das condições da posse da Palestina. Deve notar-se cuidadosamente que há duas alianças que se referem à posse da terra. A primeira é o pacto com Abraão (17:7,8). Este pacto era incondicionalmente; isto é a conduta de Israel não afetaria o seu cumprimento. Mas Deus previu que Israel pecaria, de maneira que o pôs sob outro pacto – o Palestinense. Este pacto era condicional, dependendo da obediência de Israel, fazendo com o Senhor possa castiga-los com desterro temporário da terra sem rejeita-la para sempre.

Ilustrando diríamos: o pacto de Abraão foi a herança guardada para Israel obediente; o pacto da Palestina foi o chicote para conduzir Israel a este lugar de obediência.

Uma análise pelo Dr. Scofield.

1. A dispersão de Israel por causa de sua desobediência (30:3)

2. O arrependimento futuro de Israel (vr.2)

3. A volta de Senhor (vr. 63)

4. Retorno a Palestina (vr.6)

5. Conversão nacional (vr.7)

6. O juízo dos opressores (vr. 8)

7. Prosperidade Nacional (vr. 9)

O cântico de Moisés, cap. 32, é considerado como um resumo total do livro de Deuteronômio. Pode reunir-se nas três palavras do nosso tema Recorda, Obedece e Cuidado. Foi escrito em forma de cântico para que o povo pusesse recorda-lo facilmente.

A bênção das tribos de Moisés deve comparar-se coma de Jacó que se encontra em Gn. 49.

É provável que Josué tivesse escrito o relato da morte de Moisés que se encontra no cap. 34.

Um comentário:

  1. esse estudo muito me ajudou para a gravaçao do meu proximo DVD fico muito grato e que DEUS possa te abençoar cada dia mais .

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