quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Estudos teologicos - Homilética

DEFINIÇÃO

A palavra homilética deriva-se do grego “homiletike”, que significa o ensino em tom familiar. No grego clássico “HOMILOS” significa multidão, assembléia do povo . a igreja primitiva serviu-se desse termo para designar a “assembléia do povo”. Da mesma origem aparece o verbo “homileo” que quer dizer conversar. Este foi usada nas reuniões cristas primitivas, para indicar os discursos familiares feitos por seus dirigentes. De “homileo” adaptou-se o termo homilia.

Hoje entendemos por homilética a arte na preparação de sermões.

Todo pregador deve ter em mente o significado de cada um dos seguintes termos, muitos relacionados entre si, mas distintos quanto a significação: oratória, eloqüência e retórica.

A oratória e a arte de falar em público de forma elegante, precisa, fluente de atrativa.

A eloqüência pode ser desenvolvida na teoria e na prática da oratória; nela o dom natural é que se desenvolve. Entretanto, existem correntes de interpretação que dizem ser ela uma arte, uma técnica.

A retórica é o estudo teórico e pratico das regras que desenvolve e aperfeiçoam o talento natural da palavra, baseando-se na observação e no raciocínio.

A homilética, no seu aspecto técnico e pratico, atinge três elementos que devem ser claramente entendidos: Dom, Conhecimento e o resultado do estudo concentrado e consciencioso da Palavra de Deus. A habilidade é o aproveitamento do dom e do conhecimento na arte de falar, isto é, na pregação. A habilidade pode ser desenvolvida pelo uso e pela experiência.

BENEFÍCIOS DA HOMILÉTICA

A Homilética Desenvolve a Arte de Expressão

Sem dúvida, a homilética contribui eficazmente para que o pregador desenvolva a habilidade de falar, isto é, a arte de expressão. Nem todos possuem o dom natural da palavra, mas aqueles que exercem o ministério ou a ele inspiram devem buscar o aprimoramento no falar.

É verdade que o sucesso de um pregador depende dos seus valores espirituais, mas também é certo que os valores físicos muito influem. O pregador que se expressa mal é ouvido com desinteresse, porém, o que se expressa bem é ouvido comprazer. A arte de expressão constitui-se de vários aspectos, entre os quais, a voz, a técnica oratória e o conhecimento da língua usada.

A voz é o principal veiculo da comunicação verbal. É ela, em suma, o som ou conjunto de sons produzidos na laringe pela vibração das cordas vocais sob a ação do ar vindo dos pulmões, modificados pelos órgãos da fala. A voz pode ser educada, para que os sons saiam livres e agradáveis. A técnica oratória pode ser aprendida na Escola, e desenvolvida através da observação e da experiência. Aprimorar a arte de expressão não anula a inspiração divina; pelo contrário: dá sentido e perfeição ás locuções emitidas. Para que os pensamentos sejam expressos com nitidez e perfeição, o pregador deve desenvolver essa arte no seu ministério.

A arte de expressar-se exige boa dicção, que a utilização artística da voz. Para

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que o pregador seja entendido ao falar, a articulação dos sons emitidos deve ser perfeita, isto é, ele deve pronunciar cada palavra corretamente e com som nítido.

A Homilética Desenvolve o Raciocínio

O segredo do sucesso da pregação esta em o pregador colocar-se como um canal do qual flui a unção do Espírito Santo. E ele não deve deixar que essa unção seja superada por seus impulsos emocionais, como fazem muitos iniciantes. Só a pratica ensina aquele que prega a comedir o ardor espiritual que faz estremecer o coração.

O pregador não deve deixar de ser emotivado, mas tem de compreender que é necessário dosar esse sentimento, para que as suas pregações produzam resultados positivos e permanentes. Um, pregador desequilibrado emocionalmente pode perder o objetivo da pregação.

A Homilética Aprimora os Conhecimentos Gerais

A Bíblia incentiva a busca de conhecimentos gerais: “Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o que adquire conhecimento”, Pv. 3.13. Já estudamos anteriormente que a homilética é a arte de preparar e expor um sermão. Tanto a preparação quanto a exposição são enriquecidas com o grau de conhecimento do pregador. Os conhecimentos não são razão de um sermão, mas são o esqueleto que dá forma. Eles enriquecem um sermão com variedade de pensamentos que, transmitidos sob a unção do Espírito Santo, muito contribuem para o sucesso da pregação.

Todo o pregador deve adotar um sistema de estudo, para seu maior aproveitamento no ministério da Palavra. O processo de estudo, o aprimoramento dos conhecimentos gerais, e dos bíblicos, envolvem três aspectos: observação, consulta, e discussão.

1. A observação realiza-se em duas direções:

a. para fora, quando colhemos impressões do que se passa ao nosso

redor.pregador deve estar sempre atento ao desenvolvimento da ciência e aos acontecimentos no mundo, para tirar ligações e idéias. O habito de anotar observações feitas dará ao pregador a oportunidade de enriquecer seus sermões como resultado de observações feitas em casa, na rua, na igreja e viajando.

b. Para dentro, quando o pregador faz introspecção, isto é, quando examina

seus propósitos, pensamentos e sentimentos, para verificar o que se passa dentro de si mesmo.

2. A consulta é um método eficaz no aprimoramento dos conhecimentos gerais:

uma palavra, uma idéia, um assunto qualquer, poderá levar-nos a livros de pesquisas. Todo pregador tem por obrigação possuir boa biblioteca particular para consultas: livros, Bíblia, geografia e arqueologia bíblica, história geral e da Igreja, livros devocionais. Etc.

3. A discussão é outra forma de buscar conhecimentos. O resultado das

observações e consultas pode ser também feito em “estudo em grupo” que é o estudo em cooperação. Quando o pregador não consegue sozinho entender determinado assunto, nada melhor que discuti-lo com outros pregadores.

A Homilética Desenvolve a Vida Espiritual

Não pode haver verdadeiro sucesso na pregação sem o cultivo de uma vida

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espiritual dinâmica. Não basta conhecer as regras homileticas, saber fazer um esboço de sermão, ter facilidade de expressão, nem possuir grandes conhecimentos seculares, pois a pregação exige também uma vida de consagração a Deus. O pregador, antes e depois de tudo, é um servo que faz a vontade de seu Senhor. É também um embaixador que precisa estar em continuo contato com o seu governo, para dizer somente aquilo que interessa ao seu país.

É impossível separar a pregação da devoção.

A pobreza espiritual de muitas pregações está em não orar e na falta de meditação na palavra de Deus. É a oração que movimenta toda maquinaria de um sermão.

O P R E G A D OR

Definição de Pregador

Pregador é alguém que recebe a mensagem de Deus e a entrega aos homens. É o que trata com Deus dos interesses dos homens e, com os homens, dos interesses de Deus. O pregador não é um entregador de recados. É um porta-voz da mensagem de Deus aos homens. O Novo Testamento diz claramente que o crente é uma testemunha de Cristo no sentido de fazer conhecido o poder salvador de Jesus. O livro sagrado não diz que todos os crentes seriam pregadores e ensinadores: só alguns são. Na realidade, pregar e ensinar são dois ministérios importantes, destacados no Novo Testamento. A habilidade de pregar, ou de ensinar em público, é um dom de Deus.

Requisitos do Pregador

1. O pregador tem de ter experimentado em sua própria vida a obra

regeneradora do Espírito Santo. Como poderá alguém pregar a mensagem de salvação sem ser regenerado? Mas há os profissionais: os falsos pregadores que nunca nasceram de novo. Pregam por interesse próprio. Não basta ter curso de teologia, nem conhecer oratória, nem saber as regras de homilética para ser um verdadeiro pregador do Evangelho. É preciso ter “nascido de novo”, Jo 3.3 . Inteligência, moral, eloqüência e simpatia não fazem de um homem um pregador.

2. Ao pregador é necessário que tenha a chamada de Deus. Dois tipos

de chamadas aparecem na Bíblia - a coletiva e a individual. A chamada coletiva abrande todos os crentes em Cristo,At.1.8. Já na chamada individual o Espírito Santo fala diretamente a determinada pessoa e a separa para o trabalho que Deus quer que ela faça. Entre esses trabalhos está o ministério da pregação que a Bíblia chama de “o ministério da Palavra”, Cl 4.17; 2 Tm 4.5; At 6.4.

Ter a chamada especial de Deus para pregar implica na responsabilidade de ser portador de uma mensagem capaz de transformar os seus ouvintes, e manter a si próprio puro.

Princípios Básicos

São três os princípios básicos que regem a pregação e o pregador:

1. Objetividade - qualidade necessária ao pregador par que a mensagem alcance resultados positivos. Se o pregador tiver objetivo ao pregar, se visar unicamente á salvação das almas, o sucesso não lhe subirá a cabeça e a

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mensagem não perderá o seu alvo. O sucesso da pregação verifica-se quando a mensagem redunda em louvor e gloria a Cristo, e não ao pregador. O propósito da pregação não é a exibição do pregador, mas a transmissão da mensagem divina com o fim de alcançar o resultado desejo. O pregador não deve chamar a atenção para si. O objeto da pregação é Cristo, e o seu desenvolvimento deve ser em torno da pessoa de Cristo, e o resultado deve ser Cristo. A objetividade envolve três aspectos de pregação: o alvo, o sucesso e o resultado.

2. Transmissão. O pregador deve receber a mensagem de Deus. Ele tem de transmiti-la aos homens.

O pregador não pode ocultar a mensagem de Deus. Ele tem de transmiti-la ao povo.

3. Experiência. A mensagem pregada antes de tudo, deve ser sentida e experimentada na vida do pregador. Ele não poderá convencer o povo sem que ele próprio tenha experimentado a eficácia de sua pregação. O pregador não é um mercador. Ele dá ao povo aquilo que recebeu de Deus: dá de comer da comida que já saciou a si próprio.

Termos Relacionados com o Pregador e com a Pregação

1. Prédica é a prática que, além de instruir o pregador, anuncia verdades

religiosas.

2. Pregar no conceito popular, é ralhar, fazer discurso maçador, ou repreensão.

Noutro sentido, é anunciar sob forma de doutrina, bradar, proclamar, apregoar.

3. “Kerux”, no grego significa heraldo, proclamador, mensageiro ou pregador.

O substantivo “Kerux” significa, originalmente, o proclamador imbuído da autoridade do seu superior, seja ele rei, governador ou comandante militar, para levar a mensagem oficial aos seus súditos. O pregador do Evangelho tem autoridade de oficial do espírito Santo, para levar a mensagem de Cristo aos súditos do reino de Deus.

4. “Presbeuo”, no grego é embaixador. Esse significado é atribuído aos

pregadores do Evangelho, que são embaixadores da parte de Cristo. Paulo deu ênfase a esse titulo no seu ministério: Ef 6.19; 2 Co 5.20.

5. “Kerisso”, no grego significa anúncio na qualidade de arauto; é a palavra

sempre com o sentido de PREGAR, Mt.10.7.

6. “Dialegomai”, é outro vocábulo grego que quer dizer discorrer, raciocinar,

Discutir. Implica mais em argumentar a boa nova com o sentido de defende-la contra os adversários, At. 17.20.

7. “Laleo” é um verbo grego, que dignifica simplesmente falar a palavra, ou

pregar, Mc.2.2.

8. “Oikonomos”, no grego é despenseiro. O despenseiro é aquele que trata de

assuntos domésticos. É um mordomo. O pregador é um despenseiro dos ministérios de Cristo par os homens, 1 Co.4.1,2.

CULTIVOS INDISPENSÁVEIS AO PREGADOR

O cultivo da Personalidade

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O pregador deve cultivar uma personalidade moldada na palavra de Deus. Personalidade pode definir-se como sendo aquilo que caracteriza uma pessoa e a distingue da outra. Analiticamente, é o conjunto de das qualidades físicas, intelectuais, sociais, e espirituais de uma pessoa. Afirmam os estudiosos que personalidade é algo vivo que se desenvolve através da educação. Como crentes, a nossa personalidade deve desenvolver-se segundo o modelo de vida crista, que é Cristo, o Senhor.

A personalidade do pregador tem muito a ver com a eficiência da sua mensagem. Um artista pode ser um devasso e assim mesmo produzir uma obra que desperte admiração. Um escritor pode ser dissoluto e, apesar disso, escrever um livro que alcance popularidade.

O cultivo Físico do Pregador

O pregador não pode descuidar-se da sua saúde. O cultivo da saúde é fator indispensável na vida do ministro da Palavra. O ministro cristão deve cuidar de seu corpo, exercitando-se, alimentando-se e descansando o necessário, para que possa desenvolver melhor o seu ministério. A Bíblia ensina sobre a mordomia do corpo, e o primeiro a exerce-la deve ser o ministro da palavra de Deus. Há três fatores indispensáveis para o cultivo físico:

1. Alimentação adequada. O corpo tem de receber a alimentação adequada ás necessidades da vida ministerial. A qualidade, tanto quanto a quantidade da comida deve merecer atenção do ministro. Certas comidas indigestas e prejudiciais devem ser evitadas. Quando o cérebro se ativa no estudo, o sangue corre mais rápido para esse centro nervoso. Mas o processo de digestão torna necessário o sangue no órgão digestivo. Isto significa dizer que após as refeições devem ser evitados os estudos por algum tempo, para a digestão efetuar-se no organismo normalmente. Um ministro da Palavra de Deus não pode deixar-se influenciar pela gula.

2. Exercício Físico. A falta de Exercício físico tem exaurido a energia de muitos pregadores. A obesidade é um resultado direto da falta de exercício. Note-se que a atividade é uma exigência natural de uma nova vida saudável. “A falsa idéia de dignidade ministerial, que não poucos pregadores cultivam, prejudica-lhes a saúde porque pensam que o exercício físico está em desacordo com essa dignidade”.

3. Descanso suficiente. O tempo suficiente de sono ajuda a manter o corpo forte em meio aos trabalhos árduos e pesados. O sono restaura as energias do corpo.

O Cultivo da Espiritualidade

“O homem em cuja vida se manifesta o Espírito de Deus é espiritual. O seu procedimento é determinado pelo Espírito. A sua mente está aberta para receber as impressões de Deus mediante a sua Palavra e outros meios. O seu coração é movido pelos impulsos divinos”. A esses atributos acrescentam-se outros tais como piedade, devoção, oração, estudo, etc. Trataremos da importância de alguns desses requisitos espirituais e morais que os pregadores cristãos devem possuir.

1. Piedade que vem do latim “pietate”, e significa devoção, amor e respeito pelas coisas religiosas, dó, comiseração; sentimento inspirado pelos males alheios, procura remediar ou mitigar.

No pregador, a piedade deve ser uma qualidade de alma. É a reverente dedicação á vontade divina. Não é uma atitude estudada ou cheia de afetação nem misticismo, mas

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é algo que se mistura com a vida no fortalecimento das virtudes cristãs. Um espírito

piedoso tomar o pregador mais autêntico e mais realista.

A eficácia da pregação tem como primeiro requisito a piedade.

2. Devoção. Este sentimento significa muito na vida do pregador. A palavra devoção deriva do latim “devotione”, que significa sentimento religioso; piedade, observância das práticas religiosas;de boas novas, coloca-se á disposição de Deus e do seu Espírito: ele controlado e dirigido por Deus.

A devoção deve ser cultivada pelo homem de Deus como prumo que aponta a posição correta. A devoção leva o pregador a uma vida de separação par Deus. Isto não significa isoladamente, mas dedicação do tempo necessário ao estudo sistemático da Palavra. O alimento espiritual do pregador deve ser a Palavra de Deus. O pregador não pode considerar o ministério como uma profissão. O profissionalismo ministerial torna o pregador um presunçoso, um reverente. O médico precisa acostumar-se a trabalhar com os que sofrem, sem se comover. O pregador não é assim. Não pode agir por profissionalismo, ou por estar acostumado a cada situação que enfrenta. Ele precisa ter sensibilidade spiritual.

3. Oração. No cultivo da espiritualidade a oração é o ponto de partida, a chave-mestra. Os homens e mulheres mais poderosos de que nos fala a história, foram os que prevaleceram em oração. Robert Murray McCheine escreveu: “Estuda a santidade universal da vida. Disso depende a tua própria vida, a tua utilidade plena, pois teus sermões duram apenas uma ou duas horas, mas tua vida prega durante toda semana. Entrega-te á oração e obtém os teus temas, os teus pensamentos e as tuas palavras diretamente a Deus. Lutero empregava as tuas melhores horas em oração”.

“A igreja não necessita de mais organizações e de novos métodos, mas de homens a quem o Espírito Santo possa falar - homens de oração, homens poderosos na oração. O Espírito não se derrama através de métodos, mas por meio de homens ungidos. Deus não unge planos, mas homens - Homens de oração”.

O sucesso da pregação está confiado ao pregador Ele torna a mensagem profícua ou inoperante. O sermão não é trabalho de uma hora. É o tempo de uma vida. Preparar um sermão na orientação do Espírito equivale a um estágio na Escola do Espírito. Cada sermão torna-se uma nova experiência.

A oração é a arma mais poderosa do pregador. A oração faz o homem. A oração faz o pregador. A oração faz fornece as verdadeiras mensagens ao pregador. “o púlpito de hoje é pobre em oração. O orgulho da erudição opõe-se á humildade de dependência de oração. A oração do púlpito é por demais oficial - um desempenho na rotina do culto. Para o púlpito moderno, a oração não é mais a força poderosa como era na vida e no ministério de Paulo. Todo pregador que não faz da oração um poderoso fator em sua vida e ministério, é fraco como agente no trabalho de Deus; é impotente para fazer prosperar a causa divina neste mundo”. O pregador não pode deixar-se dominar pelas emoções. Deve haver um equilíbrio entre razão e sentimento. Lágrimas não colocam em movimento a maquinaria de Deus. As emoções podem ser apenas como brisa suave. Emoção e ardor podem andar juntos na vida de um pregador, mas não representam tudo o que ele precisa.

Bounds diz ainda: “o pregador pode sentir o entusiasmo do seu próprio brilhantismo, ser eloqüente pela sua exegese, ardente para transmitir o produto de seu próprio cérebro; pode usurpar o lugar e imitar o fervor de um apóstolo. Cérebros e nervos podem tomar o lugar e simular a obra do Espírito de Deus e, como essas forças,

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a letra pode irradiar luz e brilhar como um texto iluminado, mas esse brilho e sua centelha serão destituídos de vida: serão como o campo semeado de pérolas”.

O Eu deve morrer na oração, e as aptidões naturais e espirituais deverão ser desenvolvidos sob o controle e obra do Espírito. Devemos evitar as orações secas e fúteis nos púlpitos. A oração em secreto é a base de todo o sucesso ministerial.

4. Sinceridade. Esta virtude dignifica o pregador cristão. Sua pregação deve refletir a verdade contida na sua alma. Paulo destaca a sinceridade quando afirma que “O amor não seja fingido”, 1 Co 13. Este amor parte de dentro do coração sincero; caso contrário, não passaria de uma imitação, e o pregador não passaria de um artista que consegue dizer uma mentira como se fosse verdade. A sinceridade deve ser invariável na vida e nas atitudes do pregador. Hoje, amanha e depois; na presença ou na ausência, ele deve ser o mesmo. Em quaisquer circunstancias a sinceridade deve prevalecer. Ser sincero não significa ser sisudo, nem tampouco usar o púlpito para ferir determinada pessoa. Ser sincero é ter dignidade, humildade, mansidão e firmeza de propósito. Ser sincero é ser realista e nunca trair sua consciência por interesses alheios ao princípio da sinceridade.

5. Humildade. Outra qualidade moral e espiritual indispensável á personalidade do pregador é a humildade do pregador é a humildade. A fama e a vanglória tentam o pregador: após o sucesso chega a tentação. O orador exerce poder sobre o intelecto dos ouvintes. Esse poder é capaz de fascinar o pregador e leva-lo a pregar para buscar a sua própria glória e não a glória de Deus. O pregador tem de estar intimamente preparado para o sucesso na pregação. Essa preparação é espiritual. É uma conscientização de que, tudo quanto faz e fala ao povo, vem de Cristo, e é para Cristo.

“O poder dos grandes mestres está no esquecimento de si mesmo”, afirmou certo escritor. A vitória da humildade tem lugar na queda do EU. Nenhum pregador pode subir ao púlpito sem antes ter descido, pela oração, os degraus da humildade. Na oração, o egoísmo se quebranta. O medo se desfaz e a certeza da vitória aparece como a clara luz do meio-dia.

O pregador deve estar preparado para os elogios. Quando são elogios sinceros, devemos glorificar a Deus, porque o sucesso torna-se, então, um estimulo para o trabalho. Nunca subamos ao púlpito confiados em nossa capacidade, porque corremos o risco de descermos dele derrotados e envergonhados. Subamos, sim, com humildade e carência de Deus e de sua graça. Então, desceremos com nossa fronte erguida e com os lábios cheios de louvores a Deus. Ninguém pode ufanar-se da humildade. Ela é um peso aferidor do equilíbrio do nosso ministério.

6. Otimismo. É das forças motoras geradas pelo Espírito Santo na alma do pregador, e acionada pelas suas atitudes positivas. O otimismo cristão encara sempre a vida sob um aspecto positivo. Ainda que males e dificuldades cerquem o transmissor de mensagem, o espírito otimista lhe dá energias para vencer os obstáculos.

O pessimista, pelo contrário, nunca vê vitórias ou soluções, nem alegrias. O pregador otimista transmite, em sua mensagem ao povo, a alegria e a esperança que envolvem a sua alma. Ser otimista transmite é ter fé na mensagem que prega. É crer no trabalho que realiza. É ter sensibilidade para com as coisas espirituais. O pregador otimista transmite ânimo ao abatidos; conforto aos tristes: inspira confiança aos fracos, e fortalece a fé dos abatidos.

Nunca um pregador deve acomodar-se ás situações de derrota a fraqueza dos seus ouvintes, simplesmente dizendo-lhes “A vida é assim mesmo, ou conforme-se!” O pregador tem de ter uma palavra orientadora e plena de fé. O pregador tem consciência

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de ser “o homem de Deus”, aquele que representa o sentimento divino de amor, de paz e de segurança espiritual.

O Cultivo da Intelectualidade

Já discutimos os aspectos físicos e espirituais da intelectualidade. Agora falaremos sobre o seu cultivo. Em outras palavras, sobre o cuidado de buscar conhecimentos gerais que possam contribuir par o sucesso do ministro da Palavra. Diz J.W Shepafd: “Jesus escolheu pescadores indoutos para que fossem os seus primeiros pregadores, mas não os deixou na ignorância, antes desenvolveu neles um alto grau de saber. Paulo ensinou que o pregador deve saber o que quer, e que não deve ter de que se envergonhar”.

O cultivo da mente exige, por sua vez, o cultivo da mordomia do tempo. O pregador deve saber administrar o seu tempo de tal forma, que o peso da intelectualidade e da espiritualidade se equilibrem.

O pregador não deve limitar-se ao preparo de sermões, deve, antes, adotar um método que contribua para o seu maior desenvolvimento intelectual e espiritual.

Administrar o tempo implica cuidado, organização e força de vontade. Administrar o tempo é arte de dividir o tempo, obedecendo a um método na organização de seus estudos e trabalhos diários. A falta de método tem prejudicado seriamente muitos ministro da Palavra. Um programa diário facilitará a organização dos trabalhos e uma vez adotado, deve ser obedecido.

“O estudo exegético de um trecho de qualquer livro da Bíblia tomará o primeiro o primeiro lugar no programa. Seguir-se-á e estudo do texto ou assunto para o sermão do próximo culto. Depois o estudo entrará nos campos teológicos, histórico, cientifico, filosófico, etc.”.

Todos esses estudos podem ajudar o pregador ajudar o pregador na preparação de seus sermões, enriquecendo-os com interpretação equilibrada e atrativa. A parte intelectual, no que tange á pregação, somente será válida, se equilibrada pela espiritual, pois esta é o alvo principal e aquela apenas um reforço.

AS BASES DO SERMÃO

A Bíblia é a fonte principal de pregação cristã. Um sermão sem texto bíblico por base é qual arvore cortada a raiz. A base de um sermão é o seu texto bíblico. É impossível desenvolver um sermão, por exemplo, sobre fé, arrependimento, amor de Deus, ressurreição etc., sem base bíblica.

Em nossos dias há pregadores que não fazem uso de textos bíblicos. Por isso, do ponto de vista espiritual, seus sermões são insípidos, monótonos, vazios: não são ungidos pelo Espírito Santo! Tais pregadores, em lugar de tomarem a Palavra de Deus como base em suas pregações, acentuam nelas a retórica. É perigoso fazer isso. O exemplo está em que, com a substituição de textos bíblicos por Orígenes, começou, sutilmente, em algumas regiões, a aceitação de livros apócrifos como canônicos.

A. P Gibss, em seu livro Pregai a Palavra, apresenta cinco razões da necessidade do uso de textos bíblicos nas pregações

“1. Dão autoridade á mensagem.

2. Exercem influência restritiva, para que o pregador se mantenha dentro do tema.

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3. Unificam o sermão.

4. Preparam o auditório para o sermão.

5. Servem para promover variedade na pregação”.

O uso de textos na pregação é imprescindível porque reforça o conceito de que a Palavra de Deus é a força motriz da pregação. Ao anunciar um texto bíblico como base de seu sermão, o pregador está implicitamente proclamando a autoridade da Palavra de Deus.

A Escolha dos Textos

É fundamental o trabalho de escolha de textos para uma pregação. Nesse mister, certos princípios e regras devem merecer a devida atenção, para que se deve ser feita com sabedoria e espírito de oração.

Para o sermão devem ser escolhidos:

1. Preferivelmente textos que expressem um pensamento completo, isto é, que contenham toda a proposição no sermão.

2. Textos claros (não usar textos obscuros como Jd.6; Mt 27.52; 1 Pe 3.19-20, que dependem de estudos profundos).

3. Textos objetivos, isto é, que respondam ás necessidades espirituais, físicas, morais e materiais das pessoas a quem se destina a Palavra.

4. Textos sobre os quais não haja dificuldade hermenêutica.

5. Textos que não sejam de difícil interpretação, como João 9.31 que diz: “Sabemos que Deus não atende a pecadores”.

6. Textos dentro dos limites de capacidade do pregador para que, ao expor o sermão não desaponte o auditório.

7. Textos claros e expressivos, mesmo que sejam conhecidos do auditório, pois a Palavra de Deus é sempre nova e o seu manancial é inesgotável.

8. Textos que legitimem o tema do sermão. Em outras palavras, o texto é a preposição do sermão. Tema e texto irmanam-se na pregação. Não se deve apresentar um texto e fugir completamente dele falando de outros temas. Por exemplo: de Jó 3.16 tirar o tema: “Amor ao próximo ou, de A t. 28.30, pregar sobre os deveres dos proprietários e dos inquilinos, BURT afirma que isso “São excentricidades indignas do púlpito”.

9. Textos que despertem o interesse do auditório: textos dinâmicos.

10.Textos, cujo fio possa ser lembrado com facilidade pelo pregador e não esquecido pelo auditório.

A Interpretação de Textos

Ao formar a base de um sermão, deve o pregador seguir as regras que determinam a interpretação supérfulas que podem acarretar danos espirituais aos ouvintes. Eis algumas regras básicas para interpretar textos bíblicos:

1. Interpretar fiel e corretamente o texto. É dever sagrado do pregador interpretar e aplicar o texto de acordo com o sentido real. Para isso deve verificar se a linguagem é literal ou simbólica.

Se tomarmos, por exemplo, o verbo lavar, descobriremos que usado em dois sentidos: literal e simbólico. Exemplo: a Naamã foi ordenado lavar-se sete vezes no rio

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Jordão – sentido literal: porem, em 1 Co.6.11, fala-se de os crentes serem lavados - sentido simbólico. John Broadus diz que existe muito abuso por parte de alguns pregadores que espiritualizam grosseiramente palavras claras. Ele chama a isso de “método de acomodação”.

2. Recorrer ao contexto. Recorrer ao contexto significa examinar o que precede e o que sucede ao texto. Há uma regra em hermenêutica que manda não interpretar isoladamente um texto, mas recorrer sempre ao contexto.

3. Explicar a Escritura pela Escritura. A Bíblia esclarece o que ensina. O confronto da Bíblia com a Bíblia resolve as aparentes contradições, e esclarece o texto, enriquecendo-o, definindo-o, completando-o.

A seleção de Textos

O texto é a parte vital da pregação, sem o texto ela é alvo vazio. Por isso, a seleção do texto de um sermão exige do pregador meditação na Palavra e direção do Espírito Santo. Para que o pregador seja bem sucedido nisso, sugerimos mais quatro requisitos:

1. Escolher textos que falem primeiramente consigo. Antes de tentar convencer o seu auditório acerca do que diz o texto, o pregador tem de sentir a verdade que o texto expressa, para que na exposição da mensagem possa convencer realmente o auditório.

2. Escolher um texto objetivo para cada sermão. Já tocamos levemente neste ponto, mas queremos fortalecer p principio de que o texto escolhido deve ter finalidade.

3. escolher um texto que apele á imaginação, um texto que apresente “algo que ver, algo que sentir, algo que fazer”.

4. Procure não usar textos múltiplos num sermão. Nenhum pregador é proibido de usar tantas referências bíblicas quantas desejar, mas isso é diferente de usar diversos textos para basear um sermão. Deve limitar-se a um só texto para cada sermão. Em alguns casos, porém, é impossível usar mais de um texto num sermão. No entanto, o emprego de mais de um texto pode dar ao sermão falta de unidade.

O TEMA DO SERMÃO

A função básica do texto e a sua escolha é de fornecer ao pregador o

tema do sermão.

O texto é a raiz do tema. Ás vezes é o Espírito Santo que aviva a mente do pregador sobre um certo texto bíblico, do qual tirará o tema (ou assunto) a ser desenvolvido. Outras vezes, o tema pode surgir na sua mente da escolha do texto a ser adaptada ao tema.

Definição de Tema

Homileticamente, o tema é o sucesso da mensagem. É a verdade central do sermão. Uma pregação sem um tema que coordene o seu desenvolvimento é como um navio sem leme, andando á deriva. Uma pregação sem tema pode ter belo pensamento e pode passear por toda a Bíblia, mas o resultado não será bom.

Pontos de Cultivo

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O pregador deve observar o seguinte:

1.Ter sempre em mãos uma caderneta de anotações, de fácil acesso, para anotar pensamentos ou idéias novas que brotarem em sua mente nas mais diversas circunstâncias e lugares. Desse cultivo, o pregador poderá tecer muitas mensagens.

2. Mensagens poderão surgir por inspiração do Espírito Santo, através da leitura de um livro, jornal ou revista; em casa, na viagem etc.. Um incidente qualquer, uma notícia pelo rádio, uma frase lida ou ouvida, podem inspirar o pregador a descobrir bons temas de pregação.

3. Ler muito e saber escolher bons livros. Não somente livros de cunho evangélico, mas também seculares, que muito poderão enriquecer o conhecimento intelectual do pregador.

4. Estar sempre em dia com os assuntos atuais. Os meios de comunicação lhe darão uma idéia geral dos mundiais. O pregador precisa estar a par dos acontecimentos.

5. Estes pontos não excluem, de maneira alguma, a principal fonte de inspiração do pregador, que é a meditação na Palavra de Deus, com oração.

6. Os temas e assuntos podem também surgir de pesquisas. É bom separar assuntos de revistas assuntos de revistas e jornais e recortes, podem ser catalogados por assunto, e organizados em pastas ou gavetas especiais.

Tipos de Temas

Os tipos de temas são diversos, mas os principais que os regem não mudam. Um sermão precisa ter estrutura, o que exige unidade homilética.

Três requisitos da unidade homilética:

1. O sermão deve ter um só tema.

2. O sermão deve ter um propósito específico.

3. No sermão deve ser empregado unicamente o material de elaboração mais apropriado, tanto para o tema como para o propósito especifico.

Devem-se evitar dois tipos: os temas plurais e os temas demasiado gerais. Esses dois tendem a fugir da unidade homilética.

Eis alguns tipos de temas:

a.Tema em forma de pergunta – É um tipo fácil de se desenvolver, porque o seu desenvolvimento é a resposta.

Exemplos:

“Que farei de Jesus chamado Cristo?”

“Que farei para herdar a vida eterna?”

“Que posso fazer para me salvar?”

b.Tema sob forma de uma palavra ou uma frase – A frase ou palavra enfática determinara o desenvolvimento é a resposta do sermão.

1.com uma palavra fé: Fé;

2.com uma frase: Sem fé é impossível agradar a Deus.

c. Tema em forma de uma declaração - Uma simples declaração bíblica ou uma ordem determinará o desenvolvimento da mensagem, indicando o significado e a prova da declaração. Ex.: Rm. 6.23.

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d. O tema histórico – O tema histórico é o desenvolvimento de um fato passado contido na Bíblia, com o fim de tirar lições que sirvam para os dias atuais.

e. Tema imperativo – Esse tipo vem sob forma de um mandamento ou ordem bíblica. O seu desenvolvimento obedece ás quatro divisões comuns de um sermão: que? Por que? Como? E, que então?

A estrutura do sermão

Três são as partes essenciais que formam a estrutura de um sermão: Introdução, Plano e á conclusão, Peroração.

A estrutura propriamente dita é a organização do sermão com suas divisões técnicas, que servem para orientar o pregador na apresentação da mensagem.

Na verdade, a estrutura é o esqueleto do sermão. Ela lhe dá uniformidade, isto é, nela os pontos, ainda distintos uns dos outros, formam uma associação de idéias, que finalizam num só alvo. A finalidade da estrutura num sermão é nortear o seu desenvolvimento.

Introdução

A introdução é a parte do sermão que serve como ponto de contato entre o pregador e o auditório. Normalmente, a introdução é a última parte a ser feita na preparação, visto que o pregador deve, antes de tudo, formar os ângulos a serem atingidos. Tendo uma idéia geral do sermão, devidamente estruturada, pode então preparar eficazmente a introdução.

A introdução deve conter outros aspectos não-técnicos. São aspectos psicológicos. Para começar um sermão, o pregador deve saber discernir o tipo de auditório, ao qual fará. Deve desenvolver a habilidade de preparar o seu auditório espiritual e psicologicamente par ouvir o sermão que irá apresentar. Em outras palavras, “a introdução de um sermão deve fazer com que os ouvintes sintam boa disposição para escutar o pregador; deve fazer com que os ouvintes sintam boa disposição para escutar o pregador;deve fazer com que lhe prestem atenção, e que fiquem desejosos de receber a mensagem que o predicante deseja apresentar.

Uma boa introdução deve ser:

1. Breve. Certa senhora crente disse de um pregador inglês muito conhecedor das Escrituras: “Ele é um grande homem de Deus, porém, em suas mensagens, gasta tanto tempo “pondo a mesa” que fico sem apetite de comer a comida que apresenta”.

2. Apropriada. Por isso mesmo é aconselhável que se faça a introdução por

último. O seu objetivo é levar os ouvintes para dentro do sermão, e não o de afasta-lo dele.

3. Interessante. Uma introdução seca e inexpressiva perderá, sem dúvida, o interesse do ouvinte.

4. Simples. A simplicidade entra aqui como uma qualidade indispensável ao pregador. Sua maneira de começar um sermão não pode ser arrogante. A introdução não deve prometer demais, mas despertar o interesse par o sermão.

O Plano

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Dentro da estrutura do sermão, o plano é a parte principal. Ele tem a ver com a ordem das divisões. Esta parte é chamada , também, de movimento do sermão. O plano é a discussão da prédica, ou melhor, é o esqueleto com as partes colocadas em seus lugares, que devem ser revestidas com desenvolvimento dinâmico do sermão.

Na realidade, o plano é o esboço do sermão com suas divisões. Vamos chamar esse plano de o movimento progressivo do sermão .

Ao dar inicio ao movimento de esboço (ou plano) do sermão, o pregador já deve ter estabelecido o seu ponto de contato com o auditório e despertado o interesse dos ouvintes pelo assunto que vai apresentar.

Para manter o movimento progressivo do sermão, o pregador deve observar quatro requisitos, dos quais dependerá o desenvolvimento do esboço, a saber:

  1. O sermão deve possuir uma ordem própria nas divisões. Um sermão movimentado sem ordem é como um motim que tem movimento e progresso, mas não ordem. Pregar um sermão sem coordenar os pensamentos, é não acertar no alvo. As regras vitais são as seguintes:
  1. Dar ordem lógica aos pontos e subpontos do sermão. Cada ponto (ou divisão) deve corresponder a outro ponto. O pregador deve ter em mente que cada divisão representa um movimento apenas dentro do sermão.
  2. As divisões devem obedecer a uma ordem ascendente, isto é os argumentos mais fracos devem conduzir aos mais forte. As divisões devem ser crescentes: devem aumentar em força á medida que progridem. O pregador começa pelos pontos negativos. Por exemplo: se o tema é Cristo é o Salvador para o mundo perdido, deve apresentar primeiro os argumentos negativos e terminar com os positivos. Deve dizer primeiro que os perdidos parecerão, e depois que Cristo salva.
  3. A ordem do esboço deve ser cronológica. Essa cronologia no esboço tem a ver com a evolução natural de um ponto principal par o outro.
  1. O segundo requisito trata da transição de um pensamento para outro pensamento. Certos pregadores tem dificuldade na transição, isto é, na passagem de um pensamento para outro. O pregador deve fazer uma ponte para essa passagem, de tal maneira que o raciocínio do auditório passe para o outro lado suave e solenemente.
  2. As divisões devem eliminar toda a digressão desnecessária. (A palavra digressão refere-se ao desvio de rumo ou do assunto). Quando o plano não é bem preparado, o pregador corre o risco de perder-se dentro do sermão.

A conclusão ou Peroração

Na conclusão, o pregador deve apresentar o clímax da sua pregação. A aplicação final e definitiva de todo o sermão está na pregação depende de uma boa conclusão. Esta parte é tão importante como introdução. O êxito da pregação depende de uma boa conclusão. O clímax é o ponto culminante do sermão quando, tanto o pregador como o auditório, estão movidos pelo Espírito Santo. É quando o aspecto psicológico do auditório é despertado através do intelecto, do sentimento e da vontade.

A conclusão pode ter várias aplicações, como seja:

1. A recapitulação. Recapitular não significa pregar outra vez, mas implica em relembrar, suscinta e dinamicamente, os pontos principais, os pensamentos – chaves, os pontos fortes e positivos, sem discuti-los outra vez. É uma forma de

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evitar conclusões improvisadas.

2. Narração. Narrar um fato que possa servir de aplicação á mensagem pregação, pode cativar o interesse do auditório, bem como comove-lo para uma decisão.

3. Persuasão. Um bonito sermão que recebe aplausos e elogios

4.

4 comentários:

  1. muito bom este estudo foi muito elucidativo para mim,muito bem explicado e de facil compreenção.

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  2. Muito bom este estudo,troce-me mas enriquecimento e gostei do exercício.

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  3. Muito bom este estudo,troce-me mas enriquecimento e gostei do exercício.

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  4. Muito bom texto, mas precisamos de da referência.Deus o abençoe grandemente!

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